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Brasil inteiro vai às ruas protestar contra a corrupção neste domingo

Contrários às mudanças feitas pelos parlamentares no pacote anticorrupção proposto pelo MPF, manifestantes defenderam a Operação Lava Jato

atualizado

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Cris Faga/Estadão Conteúdo
Manifestação São Paulo
1 de 1 Manifestação São Paulo - Foto: Cris Faga/Estadão Conteúdo

Milhares de brasileiros foram às ruas neste domingo (4/12) para protestar contra o pacote anticorrupção aprovado pela Câmara dos Deputados na madrugada da última quarta-feira (30/11) com várias alterações em relação ao texto original.

Contrários às mudanças feitas pelos parlamentares, os manifestantes defenderam a Operação Lava Jato e cobraram punições rigorosas para crimes de corrupção. Os atos começaram pela manhã e todos os 26 estados e o Distrito Federal registraram protestos ao longo do dia.

As manifestações foram convocadas por meio das redes sociais e organizadas pelos movimentos Vem Pra Rua, Nas Ruas e Movimento Brasil Livre (MBL). Os brasileiros começaram a ir às ruas por volta das 10h.

Em Brasília, ratos de papel e chuva
Na capital do país, segundo a Polícia Militar, 5 mil pessoas compareceram à Esplanada dos Ministérios. A organização estima que o número chegou a 10 mil. O grupo colocou ratos de papel dentro do espelho d’água do Congresso Nacional. O ato começou de manhã e chegou ao fim por volta das 12h15, quando uma chuva caiu sobre a cidade.

No Rio de Janeiro, a Orla de Copacabana ficou lotada de brasileiros vestidos de verde e amarelo e com cartazes contra políticos e a favor da Lava Jato.

Em São Paulo, os manifestantes começaram a concentração na Avenida Paulista no começo da tarde. Com gritos de “Viva Sérgio Moro” e “Lula na cadeia”, o grupo se reuniu em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). Segundo o Movimento Brasil Livre, cerca de 200 mil pessoas participaram do manifesto. De acordo com a PM foram 15 mil.

Ao menos 82 cidades participaram das manifestações registradas em todos os estados do país. Os atos foram pacíficos, segundo a polícia.

A resposta dos políticos
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), criticado durante vários protestos, afirmou que as manifestações são legítimas e ressaltou, por meio de nota, que, em menos de 20 dias, os senadores votaram 40 propostas contra a corrupção. Já o senador Roberto Requião (PMDB-PR), criticou os atos. Em sua conta no Twitter, afirmou que nos protestos estão presentes “movimentos de mentecaptos manipuláveis”.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), divulgou uma nota onde afirma que “manifestações desse tipo servem para oxigenar nossa jovem democracia e fortalecem o compromisso do Poder Legislativo com o debate democrático e transparente de ideias.”

Já o presidente Michel Temer não havia se manifestado sobre os protestos até as 17h do domingo. Em sua conta no Twitter, Temer publicou linhas de pesar pela morte do poeta e escritor Ferreira Gullar, mas não se manifestou sobre publicamente sobre os movimentos que ocorriam em todo o país.

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