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Viúva da Mega-Sena diz que não sabia que tinha direito à herança

Adriana é acusada de ser mandante do assassinato de Renné, ex-lavrador e ex-vendedor de doces que ganhou R$ 52 milhões na Mega-Sena

atualizado

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Severino Silva/Estadão
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1 de 1 viuva - Foto: Severino Silva/Estadão

No último dia do julgamento pela morte do milionário da Mega-Sena, Renné Senna, a viúva Adriana de Almeida confirmou que transferiu R$ 1,8 milhão da conta conjunta que mantinha com o marido dias depois da morte dele. Ela disse que o gerente do banco mentiu ao dizer que Senna o procurou para cancelar a conta conjunta do casal. Adriana é acusada de ser mandante do assassinato de Renné, ex-lavrador e ex-vendedor de doces que ganhou R$ 52 milhões na Mega-Sena.

Renné foi morto a tiros por dois encapuzados, em um bar, em Rio Bonito, cidade do Grande Rio, a 80 quilômetros da capital fluminense, em janeiro de 2007. “Eu podia ter sacado o dinheiro, se quisesse, mas preferi deixar aplicado. Hoje a conta tem mais de R$ 4 milhões e está bloqueada”, afirmou Adriana. A cabeleireira disse ainda que amava o marido e negou ter dito que “apenas nutria” carinho por ele.

No seu depoimento, Adriana contou que conheceu Renné por meio da irmã dele, com quem trabalhou em um salão de beleza, em 2005. O relacionamento entre eles só começou em no ano seguinte, depois que Renné ganhou o prêmio. Ela afirmou ainda que não sabia que teria direito à herança deixada pelo ex-lavrador. Disse que foi informada pela imprensa, quando Renné foi morto.

Para responsabilizá-la como mandante do assassinato, a acusação se baseia em conversas telefônicas entre Adriana e Anderson Souza, condenado a 18 anos de prisão por ter executado o crime. No dia da morte de Renné Senna, Adriana recebeu oito ligações do ex-segurança do marido. Amputado das duas pernas, por sequelas da diabete mal cuidada, Renné Senna deixou de ser lavrador e passou a vender doces à beira da estrada, em Rio Bonito. Em 2005, ele ganhou o prêmio milionário ao fazer uma aposta de R$ 1.

Em 2006, ele e Adriana começaram a namorar e logo foram morar juntos. Adriana afastou o então administrador dos bens do marido e assumiu a gerência das contas. A família do ex-lavrador se queixava de que ela afastava Renné dos parentes e amigos.

Segundo as testemunhas, o relacionamento de Renné e Adriana entrou em crise quando ele descobriu que era traído. De acordo com o gerente do banco, Renné manifestou intenção de cancelar a conta conjunta, movimentada por Adriana. A filha do ex-lavrador, Renata Senna, disse ainda que o pai tinha intenção de excluir Adriana do testamento.

Em 2011, Adriana foi julgada pelo Tribunal do Júri e absolvida. O Conselho de Sentença era formado por cinco homens e duas mulheres. O Ministério Público pediu a anulação do julgamento porque houve contato entre jurados, o que é proibido por lei. Além disso, os MP entendeu que os jurados não se ativeram às provas apresentadas. Desta vez, o júri é composto por cinco mulheres e dois homens.

Ex-seguranças de Renné, Anderson Silva de Souza e Ednei Gonçalves Pereira foram condenados por terem assassinado o milionário. Eles cumprem pena de 18 anos de prisão.

Adriana e Renata disputam ainda a herança de Renné. Adriana alega que Renata não seria filha legítima do ex-lavrador. Renata entrou com “processo de indignidade”, para que Adriana perca o direito à herança.

Ao ser informada de que há exames que atestam que Renata é filha de Renné, Adriana limitou-se a comentar: “Parabéns para ela”.

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