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Janot pensou em fazer “grand finale”, afirma Gilmar Mendes em Paris

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) se referiu à denúncia do procurador-geral da República contra Lula e Dilma Rousseff

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julgamento da chapa Dilma Temer no TSE
1 de 1 julgamento da chapa Dilma Temer no TSE - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes voltou a disparar contra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nesta quarta-feira (6/9), em Paris, França, onde cumpre agenda oficial.

Segundo o ministro, a denúncia oferecida pelo procurador contra os ex-presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff nesta terça-feira (5) e a próxima acusação formal contra o chefe do Executivo nacional Michel Temer (PMDB-SP) são tentativa “de fazer um grand finale”.

As críticas foram feitas ao final de um compromisso oficial no Ministério das Relações Exteriores da França, onde Mendes discutiu temas como financiamento de campanhas eleitorais, controle de gastos partidários e corrupção no Brasil e na América Latina.

Na saída da reunião, o ministro disse não querer fazer uma apreciação jurídica da denúncia feita contra membros da cúpula do PT, entre eles Lula e Dilma, mas não se furtou a fazer o que chamou de “uma análise política”.

“Eu imagino que o procurador-geral pensou em fazer um grand finale, oferecer várias denúncias, inclusive a última contra o presidente da República. Mas acho que ele conseguiu coroar dignamente o encerramento de sua gestão com esse episódio Joesley”, ironizou. “Ele fez jus a tudo o que plantou ao longo de todos esses anos, e essa será a marca que nós vamos guardar dele, o procurador-geral da delação Joesley, desse contrato com criminosos, dessa fita.”

O ministro voltou a acusar Janot de ter “tentado envolver” o STF nas denúncias de corrupção, o que, segundo ele, mostra a “pouca qualidade institucional” do procurador.

“A grande confirmação é de que a Procuradoria trabalhou muito mal nesse episódio, de que ela se envolveu, que tinha objetivos, a partir do próprio braço direito do procurador-geral”, afirmou, referindo-se ao ex-procurador Marcelo Miller — suspeito de ter auxiliado o empresário Joesley Batista a organizar a gravação de conversas privadas, inclusive, com Temer, e a selar o acordo de delação premiada enquanto estava no cargo.

Para Gilmar Mendes, as indicações de Dilma Rousseff à candidatura à Presidência e a de Janot para o cargo que ainda ocupa são os “dois legados” do “lulo-petismo”.

O ministro disse ainda que os supostos erros de Janot são de responsabilidade de Lula e do PT, que o nomearam para o comando da PGR.

“Se nós fomos fazer um balanço do legado do lulo-petismo, podemos pensar em duas marcas — há muitas, mas duas marcas importantes: a indicação de Dilma Rousseff para a Presidência da República e a indicação de Rodrigo Janot”, ironizou. “Elas são inesquecíveis.”

Após o anúncio de Janot, Gilmar Mendes chegou a dizer, na terça-feira, que o acordo fechado pelo procurador-geral da República é a “a maior tragédia que já aconteceu na PGR”.

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