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Janot pede prescrição nos casos de parlamentares citados em delação

Três senadores e dois deputados federais, mencionados por ex-executivos da Odebrecht, são acusados de recebimento de caixa 2

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Daniel Ferreira/Metrópoles
rodrigo janot procurador-geral da República
1 de 1 rodrigo janot procurador-geral da República - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Em manifestação encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apontou a ocorrência da prescrição nos casos de cinco parlamentares acusados de irregularidades por delatores da Odebrecht. O investigador pediu o arquivamento das citações feitas por ex-executivos da empreiteira nesses casos.

Janot pediu ao ministro Edson Fachin, do STF, que seja declarada a extinção da punibilidade em relação ao senadores José Agripino (DEM-RN), Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) e Marta Suplicy (PMDB-SP), e aos deputados federais Roberto Freire (PPS-SP) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). Todos eles são acusados de receber recursos não contabilizados para campanhas eleitorais, caixa 2.

Delatores da Odebrecht apontaram eventual crime de falsidade ideológica eleitoral, cuja pena máxima é de cinco anos de reclusão, observou Janot. No entanto, o procurador-geral da República destacou que o prazo prescricional desses cinco parlamentares é reduzido pela metade pelo fato de eles terem mais de 70 anos de idade.

Considerando a pena prevista no delito sob suspeita, a prescrição normalmente seria de doze anos, mas o tempo cai para seis anos devido à idade dos parlamentares. Os supostos fatos narrados pelos delatores teriam ocorrido entre 2008 e 2010.

Defesa
Procurado pela reportagem, Jarbas Vasconcelos disse que gostaria que o seu caso fosse apurado e negou ter recebido R$ 700 mil via caixa 2 para sua campanha ao governo de Pernambuco em 2010.

“Eu preferia que isso fosse apurado e esclarecido, para mim seria muito mais saudável isso do que simplesmente ser beneficiado pela prescrição. O que eu fiz foi absolutamente correto, então não tem por que ficar protegido pela idade”, salientou o deputado.

Para o senador Agripino Maia, era desprovida de “substância” a acusação que lhe foi feita – de receber R$ 100 mil via caixa 2 para a campanha ao Senado Federal em 2010.

“O procurador-geral seguiu os ditames da lei. A acusação que me é feita é desprovida de qualquer substância. E o procurador, movido pelo preconiza a lei, adotou a postura que adotou. Foi feita a Justiça à lei e aos fatos”, comentou o senador.

O deputado Roberto Freire informou por meio de sua assessoria que não se pronunciaria. Freire foi acusado de ter recebido R$ 200 mil não contabilizados da Odebrecht em sua campanha de 2010. A reportagem ainda aguarda respostas dos senadores Garibaldi Alves Filho e Marta Suplicy.

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