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Defesa de Temer inicia “peregrinação” no TSE

O objetivo da defesa do presidente é apresentar um memorial com o resumo dos argumentos para tentar evitar a cassação dele

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
TSE
1 de 1 TSE - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Próximo do início do julgamento da ação que pode cassar a chapa Dilma Rousseff/Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os advogados do presidente começam nesta terça-feira (30/5) um corpo a corpo entre os ministros da Corte. O objetivo é apresentar um memorial com o resumo dos argumentos da defesa.

Os advogados entendem que o ambiente político não é o mesmo do início do julgamento. A visão é de que será preciso se dedicar ainda mais para mostrar as razões para que Temer não seja cassado na ação proposta pelo PSDB, em 2014. O partido acusa a chapa de abuso de poder econômico e político.

Em outra frente, a defesa de Temer participou nesta segunda de audiência com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato, para rebater os argumentos da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente.

Na sexta-feira (26), o procurador-geral, Rodrigo Janot, pediu a Fachin a autorização para tomar depoimentos dos investigados no inquérito aberto contra Temer, o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).

O advogado Gustavo Guedes defendeu os pedidos de redistribuição da relatoria, por meio de sorteio, e de desmembramento do inquérito contra o presidente e reforçou o pedido para que o STF aguarde a conclusão da perícia nos áudios gravados por Joesley Batista, delator do Grupo J&F, antes de qualquer outra etapa da investigação.

O pedido de separação dos inquéritos contra Temer e Aécio — estratégia que já vinha sendo estudada — foi antecipado após Janot afirmar que o inquérito tem um prazo mais curto por envolver investigados presos. Os três presos, Andrea Neves, Frederico Pacheco e Mendherson Souza, são relacionados a Aécio. Se Fachin desmembrar o inquérito, o prazo mais curto não se aplicará contra Temer.

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