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“Agora até fita sem perícia vale”, ironiza Gilmar sobre áudios da JBS

Herman Benjamin brincou com o comentário do colega. “Veja que ele (Gilmar) estava calmo até agora”, disse o relator

atualizado

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Gilmar Mendes
1 de 1 Gilmar Mendes - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Após quase duas horas sem intervenções no voto do ministro Herman Benjamin, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Gilmar Mendes interrompeu o colega nesta sexta-feira (9/6). O magistrado falou de outro tema além do julgamento da chapa Dilma-Temer: a falta de perícia prévia no áudio entregue pelo delator Joesley Batista, do Grupo JBS, e utilizado em investigações no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente Michel Temer (PMDB).

Enquanto o ministro Herman Benjamin revelava um “bilhete” recebido do ministro Luiz Fux para simplificar o voto, o relator disse que Fux “fez um cálculo matemático de que levaria até 14h para eu ler meu voto, mas eu não confio muito porque não foi periciado o que ele disse”. Ao que o presidente do TSE retrucou.

“Perícia vale. Agora até fita sem perícia vale”, disse o ministro Gilmar Mendes.

A ausência de perícia prévia nos áudios gravados por Joesley Batista em conversas com o presidente Michel Temer, o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-deputado federal e ex-assessor especial da Presidência Rodrigo Rocha Loures (PMDB) é alvo de crítica das defesas. Os três são investigados no STF. Aécio Neves já é alvo de denúncia. “Homem da mala de R$ 500 mil”, Rocha Loures foi preso no sábado (3).

Herman Benjamin brincou com o comentário de Gilmar Mendes. “Veja que ele (Gilmar Mendes) estava calmo até agora”, disse. Fux, então, explicou o pedido que fez a Herman para agilizar o voto. “Foi apenas uma sugestão, não queremos que vossa excelência seja açodado”, disse.

“A sugestão de vossa excelência foi plenamente aceita. Com alguma obediência. Mas muito pouca”, disse Herman, com bom humor. Segundo o relator, tudo isso é para revelar o grau de detalhismo da contabilidade do depto de propina da Odebrecht.

Após a brincadeira, o relator concluiu a sua argumentação de que o dinheiro da Odebrecht foi utilizado para comprar apoio de partidos com o objetivo de aumentar o tempo de TV. Para ele, há “provas oral e documental” que comprovam isso.

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