Joesley Batista tentou comprar silêncio de ex-sócio, diz MPF
Após a deflagração da primeira fase da Operação Greenfield, a J&F assinou contrato com a empresa MCL, de Lopes, no valor de R$ 190 milhões
atualizado
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Para justificar o pedido de prisão de Mário Celso Lopes, ex-sócio da Eldorado Celulose, o procurador do Ministério Público Federal (MPF) Anselmo Henrique Cordeiro Lopes afirmou que o empresário e Joesley Batista, proprietário da Holding J&F, estão “arquitetando meios a fim de influir ou dificultar a investigação” da Operação Greenfield. Após a deflagração da primeira fase da ação a J&F assinou um contrato com a empresa MCL, de Lopes, no valor de R$ 190 milhões.
Segundo o MPF, o documento, cujo objetivo é “fornecimento de maciço florestal”, teve como finalidade “dissimular a real intenção” de Joesley Batista, que era comprar o silêncio do ex-sócio a respeito dos ilícitos ocorridos na criação da empresa Florestal.
A Polícia Federal e o MPF deflagraram nesta quarta-feira (8/3) a segunda fase da Operação Greenfield, que apura fraudes e desvio de recursos em negócios de fundos de pensão com grandes grupos empresariais.Defesa
A J&F esclarece que nenhuma das suas empresas foi alvo de busca e apreensão ou qualquer ação policial no âmbito da Operação Greenfield nesta quarta.
A empresa reforça que, quanto ao processo que tramita na 10ª Vara Federal de Brasília, seus advogados já entregaram a sua defesa e aguardam novos pronunciamentos do juiz responsável. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Mário Lopes e de seu filho.