metropoles.com

Índios prestam homenagem às vítimas do voo da Chape na Arena Condá

O estádio recebe o mesmo nome da aldeia dos membros da etnia Kaingang. O mascote da Chapecoense também é um indiozinho

atualizado

Compartilhar notícia

Rafaela Felicciano/Metrópoles
indios-2
1 de 1 indios-2 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Enviadas especiais a Chapecó (SC) – Os torcedores que estão na Arena Condá, em Chapecó (SC), foram surpreendidos, na tarde desta quinta-feira (1º/12), pela presença de índios da etnia Kaingang. Moradores da Aldeia Condá, eles foram prestar uma homenagem aos jogadores e à comissão técnica que morreram na tragédia aérea da Colômbia.

A relação entre os índios e o clube é antiga. A aldeia e o estádio da Chapecoense têm o mesmo nome: Condá. Esse era o nome do cacique que fundou a tribo Kaingang, que, ainda na época da colonização de Santa Catarina, foi essencial para selar a paz entre brancos e índios na região.

A Chape sempre adotou a Aldeia Condá. Além de ter batizado a arena com o nome da tribo, o mascote do clube é um indiozinho, que também é chamado da mesma maneira que o cacique guerreiro: Condá. Com tanta aproximação, os índios sentiram-se na obrigação de ir ao local, prestando a última homenagem ao time.

“Nós sentimos muito isso que aconteceu. É uma tragédia. Só podemos lamentar. Não poderíamos deixar eles partirem sem fazer a nossa homenagem, o nosso ritual com os nossos deuses”, contou Eliseu Inácio, 25 anos, em um português arrastado.

Compartilhar notícia