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Grampo mostra acerto de propina em Goiás, diz PF

Suspeita é de que o esquema tenha abastecido campanhas políticas do PSDB no estado

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
PF Polícia Federal
1 de 1 PF Polícia Federal - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A Polícia Federal afirma que interceptações telefônicas da Operação Decantação, deflagrada na quarta-feira (24/8), revelam o ajuste por uma propina de R$ 6 milhões entre o presidente da Empresa Saneamento de Goiás (Saneago), José Taveira Rocha, e o diretor de Gestão da Saneago, Robson Salazar. A suspeita é de que o esquema tenha abastecido campanhas políticas do PSDB no estado.

Em diálogo de 18 de dezembro de 2015, Rocha e Salazar citam o “governador”. Para os investigadores, trata-se de uma referência ao governador Marconi Perillo (PSDB), que está em seu quarto mandato. A PF apura se a campanha do tucano foi beneficiada com recursos desviados da Saneago.

“Um bobo não vira governador quatro vezes nunca, né?”, diz Rocha em trecho do diálogo. Os investigadores afirmam que, na conversa, o presidente e o diretor da Saneago “tratam da elaboração e execução de operações ilícitas e porcentagem de valores, possivelmente de propinas, da ordem de R$ 6 milhões e correspondente a 3% do valor do contrato negociado”.

Em nota enviada na quarta, o governo de Goiás afirmou acreditar na idoneidade dos dirigentes da Saneago, empresa de saneamento do estado, disse apoiar as investigações e informou que “está inteiramente à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos”.

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