metropoles.com

Sete a cada 10 jovens adiariam faculdade por falta de dinheiro

Os dados constam de pesquisa da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), que entrevistou 1,2 mil pessoas

atualizado

Compartilhar notícia

Rafaela Felicciano/Metrópoles
feminismo e filosofia unb
1 de 1 feminismo e filosofia unb - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Sete em cada 10 estudantes gostariam de ingressar no ensino superior logo após concluírem o ensino médio. No entanto, 76% dos jovens afirmam que adiariam a entrada na faculdade. As principais causas relatadas pelos entrevistados são falta de condições de pagar (62%) ou de bolsa ou financiamento estudantil (14%).

Os dados são de uma pesquisa da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes) que entrevistou 1,2 mil pessoas — entre pais e estudantes do ensino médio — em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Porto Alegre. O levantamento foi divulgado nesta terça-feira (25/4).

Já entre os pais, 78% gostariam que os filhos entrassem no ensino superior logo após terminarem o ensino médio, mas 62% dizem que eles podem adiar o ingresso por não conseguir a aprovação em uma instituição pública. Adiar o ensino superior por questões financeiras é a preocupação de 53% deles — 32% por não conseguirem pagar o curso e 21% por não obterem financiamento.

Conseguir um bom emprego no futuro é apontado como a principal motivação para pais (67%) e filhos (66%). Eles também apontam que é uma exigência do mercado de trabalho — 39% para pais e 28% dos filhos.

A pesquisa também mostrou que 60% dos jovens que estão no ensino médio já decidiram qual curso querem fazer. A preferência é pelas carreiras mais tradicionais. As cinco graduações mais citadas foram: direito (7%), engenharia (6%), medicina (6%), administração (5%) e psicologia (3%).

Concluintes
A pesquisa também ouviu jovens que já concluíram o ensino médio e identificou que 62%, ao se formarem, desejavam entrar em uma faculdade, mas 52% já desistiram do ensino superior. Não ter condições de pagar as mensalidades foi apontado por 70% deles como motivo para não dar continuidade aos estudos, 23% por não terem entrado em uma instituição pública e 21% por terem começado a trabalhar.

Compartilhar notícia