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Alunos saem em defesa de colégios militares após denúncias de abusos

Na internet, estudantes dão depoimentos para defender a metodologia de ensino aplicada nas instituições, depois de polêmica virtual

atualizado

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Colégio Militar de Brasília
Colégio Militar de Brasília
1 de 1 Colégio Militar de Brasília - Foto: Colégio Militar de Brasília

Uma das instituições de ensino mais respeitadas do país, o Colégio Militar, esteve no centro de uma polêmica nas últimas 24 horas.

Depois da repercussão gerada por uma página no Facebook com denúncias de preconceito e abusos em escolas mantidas pelo Exército, alunos e ex-alunos saíram em defesa dos colégios.

O perfil original, chamado “No meu colégio militar”, saiu do ar e um novo espaço com o mesmo nome surgiu, desta vez para elogiar as escolas. Outra página, a “No verdadeiro colégio militar”, também defende a metodologia dos CMs.

“Tendo em vista a tendenciosa página criada para difamar, de forma covarde, a imagem dos colégios militares, sugiro uma resposta dos verdadeiros alunos, que se honram de ter estudado nessa instituição”, diz o texto de inauguração da nova página.

 

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A ex-aluna Nathália D’Angelo, estudante das unidades de Manaus e Brasília por um período total de cinco anos, diz que não se lembra de ter vivido ou presenciado nenhuma situação parecida com as denunciadas na página.

Ficava muito irritada com as regras, achava inútil tudo aquilo, mesmo assim gostava da escola. Entendi a importância dessas regrinhas muitos anos depois, porque na época eu era criança e não tinha maturidade para compreendê-las

Nathália D'Angelo

Um dos primeiros comentários na página substituta à que circulava ontem é de um ex-aluno do Colégio Militar de Brasília, que não quis se identificar.

“No meu colégio militar aprendi grandes coisas das quais me orgulho muito e que até já descreveram por aqui. Mas também aprendi a ouvir críticas, refletir a respeito delas e a melhorar”, comentou.

Ele frequentou a instituição durante quatro anos, entre 2001 e 2004. Ao Metrópoles, ponderou o que chamou de “defesa agressiva” da escola nas redes sociais.

“A página relata mensagens de alunos que, de alguma forma, sofreram algum tipo de abuso ou assédio. Como saber se isso é mentira ou verdade? E se houve mesmo isso, precisa ser relatado e investigado”, avaliou.

 

Nos comentários da reportagem publicada pelo Metrópoles, estudantes atuais e antigos também exaltaram as qualidades do colégio militar da cidade.

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O criador da nova página “No meu colégio militar”, Rodrigo Welter, diz que abriu o espaço porque achou as acusações “graves, porém pontuais e sem provas”. Ele foi aluno da instituição por sete anos, nas unidades de Recife e de Brasília.

“Se ocorreram esses problemas, é preciso resolvê-los de maneira legal. Até para que não se repitam. Publicar declarações anônimas, sem prova alguma, é uma coisa leviana. Hoje em dia, isso vai ser tomado como parâmetro e como verdade por algumas pessoas”, afirma.

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