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Tesouro Direto emite novos títulos públicos nesta quarta (8/2)

A compra dos títulos equivale a um empréstimo de dinheiro do investidor ao governo federal — com recebimento de juros

atualizado

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Notas de dinheiro
1 de 1 Notas de dinheiro - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O Tesouro Direto fará nesta quarta-feira (8/2) uma alteração na sua prateleira de títulos públicos ofertados, deixando de vender alguns e oferecendo novos no mercado, com datas de vencimento diferentes.

Títulos públicos são ativos de renda fixa emitidos pelo Tesouro Nacional para financiar a dívida pública do País. A compra deles equivale a um empréstimo de dinheiro do investidor ao governo federal — com recebimento de juros.

Há diferentes tipos de título: os prefixados, os atrelados à inflação e os atrelados à taxa Selic. Existem ainda, dentro de um mesmo tipo de título, distintas datas de vencimento — e é para ajustar esses prazos que o governo muda anualmente o portfólio de títulos disponíveis.

Deixaram de ser vendidos os títulos Tesouro Prefixado 2019, Tesouro Selic 2021 e Tesouro IPCA+ 2019 e passam, agora, a ser vendidos Tesouro Prefixado 2020, Tesouro Selic 2023 e Tesouro IPCA+ 2045.

Novidade
O destaque da nova onda de emissões é o Tesouro IPCA+ 2045, com vencimento em 15/05/2045. Até agora, o título mais longo disponível para comercialização pelo Tesouro era o IPCA+ 2035.

Esse tipo de título, de longo prazo, protege o investidor da inflação, já que rende ao ano o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais uma taxa contratada no momento da compra – atualmente, na faixa dos 5,5%.

Por garantir ganho real independentemente do cenário econômico das próximas décadas, esse papel pode ser utilizado como uma boa opção de investimento para a aposentadoria, ainda mais com o rombo do INSS e as incertezas quanto à reforma da Previdência.

Tire suas dúvidas:

Por que há essa mudança nos títulos ofertados?
Todo ano, o Tesouro direto atualiza o rol de títulos disponíveis para garantir que o prazo de vencimento seja sempre superior a dois anos. Isso porque, ao completar dois anos, incide sobre o investimento a menor alíquota de imposto de renda, que é de 15%, estimulando o investir a olhar para o longo prazo. Dessa forma, o governo preserva o prazo de referência dos títulos, deixando-os com vencimentos semelhantes ao longo dos anos.

Tenho um título que deixará de ser vendido. E agora?
Você tem na carteira algum dos títulos que sairão de circulação? Não se preocupe: não há nenhum prejuízo para os investidores. A partir desta quarta-feira, eles deixarão de ser comercializados na plataforma do Tesouro, mas os que já foram adquiridos continuarão valendo e rendendo normalmente até a data do seu vencimento. Você pode resgatá-los no momento que desejar ou aguardar até a data do vencimento. Lembrando que, no caso dos títulos prefixados ou atrelados à inflação, o investidor que resgatar antes do vencimento venderá o papel ao valor de mercado do dia – ou seja, corre o risco de perder dinheiro. Já no Tesouro Selic, com rendimento diário e mais liquidez, o investidor não corre o risco de perder dinheiro caso precise resgatar no curto prazo. E atenção: nesse caso, mesmo com incidência de uma alíquota maior do imposto de renda, o investimento em Tesouro Selic ainda é mais vantajoso que na poupança.

Tenho compras agendadas de um título que vai sair de circulação. O que fazer?
Como esse título deixará de ser vendido, é preciso atualizar o seu planejamento financeiro e reprogramar o investimento para um título equivalente, conforme o seu objetivo. Troque, por exemplo, o Tesouro Selic 2021 pelo Tesouro Selic 2023, ou o Tesouro Prefixado 2019 pelo Tesouro Prefixado 2020. Vale lembrar que, no site do Tesouro Direto, e no da maioria das corretoras, é possível agendar facilmente as compras mensais de títulos públicos, o que economiza tempo para o investidor, além de ser uma boa alternativa para garantir a disciplina financeira. O investimento mínimo é de apenas R$ 30.

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