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Petrobras elevará preços da gasolina e do diesel neste sábado (22/7)

O reajuste ocorrerá dois dias após o governo anunciar que dobrou as alíquotas de PIS e Cofins da gasolina e elevou em 86% a do diesel

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
postos, gasolina
1 de 1 postos, gasolina - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Petrobras elevará o preço da gasolina nas refinarias em 1,4% e o diesel em 0,2%. Os preços entrarão em vigor a partir deste sábado (22/7). A nova política de revisão de preços foi divulgada pela petroleira em 30 de junho. Com o novo modelo, a Petrobras espera acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importadores.

Em vez de esperar um mês para ajustar seus preços, a estatal agora avalia todas as condições do mercado para se adaptar, o que pode ocorrer diariamente. Além da concorrência, na decisão de revisão de preços, pesam as informações sobre o câmbio e as cotações internacionais.

O anúncio deste último reajuste ocorreu um dia após o governo federal informar o aumento das alíquotas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre a gasolina, o diesel e o etanol, determinado para compensar as dificuldades fiscais.

O objetivo da equipe econômica é arrecadar R$ 10,4 bilhões a mais neste ano. Mesmo assim, ainda será necessário cortar R$ 5,9 bilhões em despesas para fazer frente ao rombo que existe hoje no Orçamento sem colocar em risco o cumprimento da meta fiscal deste ano, de déficit de R$ 139 bilhões.

O governo dobrou as alíquotas de PIS e Cofins da gasolina e elevou em 86% a do diesel. O resultado é que, a partir desta sexta (21), o litro da gasolina poderá sofrer reajuste de até R$ 0,41, e o do diesel, de R$ 0,21. No etanol, a alta poderá chegar a R$ 0,20.

A ampliação do corte ocorre em meio às reclamações de diversos órgão que estariam estrangulados pela falta de recursos. Alguns deles, como as polícias federal e Rodoviária Federal, chegaram a ameaçar paralisar seus serviços. O valor total do contingenciamento em vigor neste ano subirá para R$ 44,9 bilhões, superando inclusive o bloqueio inicial anunciado no fim de março, de R$ 42,1 bilhões.

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