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Minas Gerais está próximo de decretar calamidade financeira

Segundo o secretário de Fazenda do estado, o déficit projetado para o período de 2014 a 2017 é de R$ 25 bilhões

atualizado

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palácio tiradentes minas gerais belo horizonte
1 de 1 palácio tiradentes minas gerais belo horizonte - Foto: Divulgação

O secretário de Fazenda de Minas Gerais, José Afonso Bicalho, alertou nesta quinta-feira (15/9), para o risco de o Estado decretar estado de calamidade financeira, como o Rio de Janeiro. Segundo ele, o déficit projetado para o período de 2014 a 2017 é de R$ 25 bilhões. “Não tenho como pagar. Estamos acumulando déficit e, daqui a pouco, isso vai explodir”, afirmou Bicalho, ao participar do Fórum Nacional, no Rio.

Ele destacou que 25% da atual dívida dos estados foi contraída com bancos e não com a União, e está atrelada ao dólar. “A dívida nova é indexada ao câmbio e pode ser um problema para frente. Não temos receita em dólar”, disse o secretário.

Além dos gastos com serviço da dívida e também com aposentadoria, o secretário atribuiu a crise fiscal de Minas a outros fatores estruturais, que, em sua opinião, não podem ser solucionados sem que a Constituição seja alterada. Ele destacou despesas com o pagamento de salários nas áreas de educação e saúde, e de outros grupos de trabalhadores, como da Justiça, vinculadas à União. Toda vez que o governo federal concede reajustes salariais, a despesa de Minas cresce.

“Uma retomada (na economia) não será suficiente para aliviar os estados. Sem mexer na Constituição, não chegaremos a um equilíbrio”, afirmou o secretário.

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