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Inflação fica em 0,35% na terceira prévia de agosto

O índice foi influenciado, principalmente, pelos aumentos dos custos dos transportes (1,35%), como as altas da gasolina e etanol

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Gasolina – Combustível
1 de 1 Gasolina – Combustível - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), que calcula a prévia da inflação oficial, registrou 0,35% em agosto. A taxa é superior à prévia de julho, que havia acusado deflação (queda de preços) de 0,18%, mas inferior ao percentual do oitavo mês de 2016 (0,45%). O IPCA-15 também acumula taxas de 1,79% no ano e de 2,68% em 12 meses. Essa é a menor taxa acumulada em 12 meses desde março de 1999 (2,64%).

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (23/8), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A inflação de 0,35% da prévia de agosto foi influenciada, principalmente, pelos aumentos dos custos dos transportes (1,35%). A alta de 5,96% dos combustíveis representou o maior impacto individual na inflação do mês. Apenas a gasolina subiu 6,43%. Já o etanol ficou 5,36% mais caro.

Como consequência, o grupo Transportes registrou a maior alta entre os nove que integram o IPCA-15, com avanço de 1,35% em agosto, um impacto de 0,24 ponto porcentual sobre o IPCA-15. Houve pressão ainda do reajuste nas passagens dos ônibus intermunicipais da região metropolitana de Belém (6,63%).

Os aumentos nos gastos com combustíveis e ônibus, porém, foram parcialmente amenizados no grupo Transportes pela contribuição negativa das passagens aéreas, que recuaram 15% em agosto.

Impactos
O grupo de despesas com habitação também teve um impacto importante na inflação, com uma alta de preços de 1,01%, provocada principalmente pelo aumento de 4,27% na energia elétrica. O impacto na conta de luz pode ser explicado pela entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha a partir de 1º de agosto e pelos reajustes em concessionárias de São Paulo e Belém.

Os alimentos continuam com preços em queda. Pelo terceiro mês consecutivo, o grupo de despesas alimentação e bebidas registrou deflação (-0,65%). Os alimentos para consumo em casa ficaram 1,17% mais baratos, com destaque para o feijão carioca (-13,89%), a batata inglesa (-13,06%), o leite longa vida (-3,86%), as frutas (-2,43%) e as carnes (-1,37%). Já a alimentação fora de casa ficou 0,32% mais cara.

Com exceção de Brasília (0,02%) e de Salvador (0,54%), as demais regiões pesquisadas apresentaram redução de preços, desde o recuo de 1,18% verificado na região metropolitana de Porto Alegre até uma diminuição de 0,04% no Recife.

Os alimentos comprados para consumo em casa ficaram 1,17% mais baratos em agosto, com cortes na maioria dos produtos.

Seis dos nove grupos que integram o IPCA-15 tiveram taxas de variação mais altas na passagem de julho para agosto. Os aumentos foram registrados nos grupos Habitação (de 0,24% em julho para 1,01% em agosto); Artigos de residência (de -0,55% para 0,21%); Transportes (de -0,64% para 1,35%); Saúde e cuidados pessoais (de 0,14% para 0,73%), Despesas pessoais (de 0,31% para 0,34%) e Educação (de 0,08% para 0,19%).

Houve recuos nas taxas dos grupos Alimentação e Bebidas (de -0,55% em julho para -0,65% em agosto), Vestuário (de 0,04% para -0,29%) e Comunicação (de 0% para -0,32%).

Regiões
Apesar da alta de 0,35% registrada em agosto pelo IPCA-15, duas regiões metropolitanas ainda tiveram deflação no mês: Rio de Janeiro (-0,16%) e Fortaleza (-0,02%).

No Rio, a queda foi puxada por carnes (-5,85%) e pelas passagens aéreas (-18,95%).

O resultado mais elevado de agosto foi o da região metropolitana de Salvador (0,59%), impulsionado pelo encarecimento dos combustíveis (13,28%). O preço da gasolina subiu 15,67% na região, enquanto o etanol ficou 8,24% mais caro.

Os demais resultados positivos no IPCA-15 foram verificados em Curitiba (0,57%); São Paulo (0,55%); Recife (0,49%); Goiânia (0,42%); Belo Horizonte (0,40%); Brasília (0,25%); Belém (0,09%); e Porto Alegre (0,05%).

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