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Inflação atinge 0,24% e acumulado de 12 meses é o menor desde 1999

Os dados foram divulgados nesta quarta (9/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

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O crescimento da economia foi negativo nos últimos dois trimestres
1 de 1 O crescimento da economia foi negativo nos últimos dois trimestres - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,24% em julho. Em junho, o IPCA havia registrado deflação (queda de preços) de 0,23%. Já em julho do ano passado, a inflação havia sido de 0,52%.

O IPCA concentra taxa de 1,43% em 2017. Em 12 meses, a inflação acumulada chega a 2,71%, abaixo do centro da meta de inflação do governo federal, que é de 4,5%, pela primeira vez, desde 2007. O índice acumulado é o menor desde fevereiro de 1999.

Os dados foram divulgados nesta quarta (9/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A entrada em vigor da bandeira amarela nas contas de energia elétrica em 1º de julho foi o principal fator responsável pela inflação. Segundo o IBGE, a energia elétrica ficou 6% mais cara, em média, no país no mês, e resultou em um custo adicional de R$ 2 a mais por cada 100 quilowatts-hora (Kwh) consumidos.

Também contribuiu para o aumento da energia elétrica a alta do PIS/Cofins e os reajustes das tarifas em São Paulo e Curitiba (PR), que foram, portanto, as cidades que mais sentiram o impacto do aumento da energia. Em Curitiba, a alta de preços da eletricidade chegou a 9,33%, enquanto em São Paulo o custo aumentou 8,54%.

Outro item que contribuiu para a inflação foi o combustível, com alta de preços de 0,92%. O etanol encareceu 0,73% e a gasolina, 1,06%.

Alimentos
Por outro lado, os alimentos evitaram uma taxa de inflação maior, ao registrar deflação de 0,47%. Entre os produtos que mais contribuíram para a queda global de preços do grupo alimentação e bebidas estão batata inglesa (-22,73%), leite longa vida (-3,22%), frutas (-2,35%) e carnes (-1,06%).

“Tem impacto da safra, mas também tem o componente da demanda. As pessoas estão segurando mais para comprar. Alimentação é algo que a gente precisa, mas a gente acaba comprando o que precisa prioritariamente. O consumidor troca a marca da massa que ele consumia pela outra marca mais barata”, explicou o gerente do IPCA no IBGE, Fernando Gonçalves.

O grupo Alimentação, que responde por 25% das despesas das famílias, deu uma contribuição de -0,12 ponto porcentual para o IPCA de 0,24% de julho.

Os alimentos para consumo em casa ficaram 0,81% mais baratos, com variações que foram desde uma queda indo de 1,80% em Goiânia até aumento de 0,06% em Brasília. Já a alimentação fora de casa aumentou 0,15% no último mês, resultado de variações como a queda de 0,32% na região metropolitana do Rio de Janeiro até o aumento de 1,71% em Goiânia.

Construção civil
O Índice Nacional da Construção Civil (INCC/Sinapi) variou 0,58% em julho, após uma elevação de 0,38% em junho. O índice acumulado no ano foi de 2,46%. Em 12 meses, a taxa ficou em 4,25%.

De acordo com o IBGE, o custo nacional da construção alcançou R$ 1.052,75 por metro quadrado em julho, valor acima dos R$ 1.046,68 estimados no mês anterior. A parcela dos materiais teve alta de 0,27%, enquanto o custo da mão de obra subiu 0,9%.

INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos e chefiadas por assalariados, registrou alta de 0,17% em julho, ante um recuo de 0,3% em junho.

Com o resultado agora apresentado, o índice acumulou uma elevação de 1,3% no ano, de acordo com o IBGE. A taxa acumulada em 12 meses foi de 2,08%. Em julho do ano passado, o INPC havia sido de 0,64%. (Com informações da Agência Estado)

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