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Expectativa de dólar para fim de ano sobe de R$ 3,22 para R$ 3,30

As estimativas para o PIB mostram aprofundamento da recessão, com a retração passando de 3,37% para 3,40%

atualizado

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Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas
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1 de 1 dólar - Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

A vitória do republicano Donald Trump nas eleições americanas, que pressionou os mercados globais de moedas nas últimas semanas, voltou a influenciar as estimativas para o câmbio no Brasil. O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira (21/11), pelo Banco Central, mostrou que a cotação da moeda americana estará em R$ 3,30 no encerramento de 2016, ante R$ 3,22 de uma semana antes. Há um mês, estava em R$ 3,20. O câmbio médio de 2016 passou de R$ 3,43 para R$ 3,45, ante R$ 3,43 de um mês antes.

Para o fim de 2017, a mediana para o câmbio permaneceu em R$ 3,40 de uma divulgação para a outra, mesmo valor de um mês antes Já o câmbio médio de 2017 passou de R$ 3,32 para R$ 3,36 – estava em R$ 3,34 um mês atrás.

Nas últimas semanas, após a vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos EUA, o BC brasileiro não apenas interrompeu as atuações com swap cambial reverso como retomou os leilões de swap cambial tradicional, como forma de reduzir a volatilidade e segurar a alta forte do dólar.

Em comunicações recentes, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, tem dito que a atual posição em swaps dá tranquilidade à instituição em suas atuações e que o Banco Central pode usar qualquer instrumento disponível para conter a volatilidade.

PIB
O Relatório de Mercado Focus desta semana trouxe mudanças nas projeções de atividade no país, na esteira da divulgação do Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) de setembro, na semana passada. Pelo documento, as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) mostram aprofundamento da recessão, com a retração passando de 3,37% para 3,40%. Foi a sétima semana consecutiva de piora nas projeções para a atividade neste ano. Há um mês, a perspectiva era de recuo de 3,22%.

O BC informou na semana passada que o IBC-Br de setembro subiu 0,15% ante agosto na série ajustada. Apesar do ganho mensal, o indicador de tendência do PIB fechou o terceiro trimestre com retração de 0,78% ante o segundo trimestre, o que reforçou entre alguns economistas a percepção de que a retomada da economia ficou mais para frente.

Na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), os diretores do BC disseram, ao abordar a questão do crescimento, que “os indicadores de agosto situaram-se abaixo do esperado”, mas ponderaram que oscilações tendem a ocorrer em momentos de estabilização da economia.

Para 2017, o Focus mostra que a percepção também piorou. O mercado prevê para o País um crescimento de 1,00% no próximo ano, abaixo do 1,13% projetado uma semana antes. Há um mês, a expectativa era de 1,23%. O BC trabalha com uma retração de 3,3% para o PIB em 2016 e com uma alta de 1,3% para 2017. Já o Ministério da Fazenda, que projeta avanço de 1,6% para o próximo ano, vai divulgar nesta semana uma estimativa atualizada e menor que a atual.

No relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, 21, as projeções para a produção industrial seguem indicando um cenário difícil. A queda prevista para este ano passou de 6,06% para retração de 6,02%.

Para 2017, a projeção de alta da produção industrial seguiu em 1,11%. Há um mês, as expectativas para a produção industrial estavam em recuo de 6,00% para 2016 e alta de 1,11% para 2017. No início de novembro, o IBGE informou que a produção industrial subiu 0,5% em setembro ante agosto, mas recuou 4,8% em relação ao mesmo mês de 2015.

Já as projeções para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para este ano passaram de 45,42% para 44,90% no Focus. Há um mês, também estava em 44,90%. Para 2017, as expectativas no boletim Focus foram de 50,10% para 49,90% ante projeção apontada um mês atrás de 49,70%

Superávit comercial
Os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para a balança comercial em 2016. A estimativa de superávit comercial este ano caiu de US$ 47,59 bilhões para US$ 47,42 bilhões ante US$ 48,06 bilhões de um mês antes. Na estimativa mais recente do BC, o saldo positivo de 2016 ficará em US$ 49 bilhões.

Para 2017, as projeções de superávit comercial do mercado financeiro seguiram em US$ 45,00 bilhões de uma semana para outra – mesmo valor de um mês antes.

No caso da conta corrente, as previsões contidas no Focus para 2016 foram de déficit de US$ 18,80 bilhões para US$ 19,00 bilhões. Há um mês, o rombo projetado estava em US$ 18,00 bilhões. Para 2017, o mercado alterou a estimativa de rombo nas contas externas de US$ 26,00 bilhões para US$ 25,35 bilhões. Um mês atrás, o saldo projetado era de US$ 25,00 bilhões negativos

Os dados mais recentes – que serão atualizados nesta terça-feira, 22 – mostram que de janeiro a setembro deste ano o País acumulou um déficit na conta corrente de US$ 13,582 bilhões Já a projeção do BC para o déficit em conta em 2016 é de US$ 18,0 bilhões.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o resultado deficitário neste e no próximo ano. A mediana das previsões para o IDP em 2016 permaneceu, no Focus, em US$ 65,00 bilhões de uma semana para a outra – mesmo patamar de um mês antes. No acumulado deste ano até setembro, o IDP somou US$ 46,335 bilhões e a previsão do BC é de que a cifra chegue a US$ 70,00 bilhões até o fim de 2016.

Para 2017, a perspectiva de volume de entradas de investimento direto, de acordo com o Focus, seguiu em US$ 70,00 bilhões. Quatro semanas atrás estava em US$ 68,00 bilhões.

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