Depósitos em poupança superam saques e têm melhor julho desde 2014
Volume de entrada somou R$ 2,33 bilhões, informou nesta sexta-feira (4/8) o Banco Central
atualizado
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O volume de recursos que os investidores depositaram na poupança em julho, já descontados os saques, somou R$ 2,33 bilhões, informou nesta sexta-feira (4/8) o Banco Central. Foi o terceiro mês consecutivo de entrada líquida de recursos na caderneta e o melhor resultado para julho desde 2014, quando houve captação de R$ 4,02 bilhões.
Em julho do ano passado, houve saques líquidos de R$ 1,11 bilhão e, em junho de 2017, aportes de R$ 6,09 bilhões.
Os últimos dias úteis do mês, quando geralmente o volume de depósitos sobe em função do pagamento de salários, foram os destaques. Juntos, os dias 27, 28 e 31 somaram R$ 2,51 bilhões em depósitos na poupança, já descontados os saques.
Em 2015 e 2016, a crise econômica acirrou os saques, com as famílias mais retirando do que colocando recursos na poupança para fazer frente às despesas. Em 2017, o fenômeno voltou a ocorrer, com retiradas líquidas em janeiro, fevereiro, março e abril.Em maio, junho e julho, porém, houve captação líquida. Nestes três meses, os trabalhadores puderam retirar recursos de contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o que contribuiu para elevar os depósitos na poupança.
De acordo com o BC, o total de aplicações na poupança em julho foi de R$ 174,72 bilhões, enquanto os saques somaram R$ 172,38 bilhões. O estoque do investimento na poupança está em R$ 681,210 bilhões, já considerando os rendimentos de R$ 3,52 bilhões de julho.
No acumulado de 2017 até julho, a poupança registra saques líquidos de R$ 9,95 bilhões, resultado de aportes de R$ 1,17 trilhão e retiradas de R$ 1,18 trilhão. Em todo o ano passado, em meio à crise, R$ 40,7 bilhões líquidos saíram da poupança.
Além da influência da crise econômica, a poupança vinha perdendo espaço para outros investimentos, considerados mais atrativos. A remuneração da poupança é formada por uma taxa fixa de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR) — esse cálculo vale para quando a Selic (a taxa básica de juros) está acima de 8,5% ao ano. Atualmente, ela está em 9,25% ao ano.