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Desembargador manda Geddel deixar a cadeia mesmo sem tornozeleira

O equipamento, de acordo com a decisão, deve ser colocado quando o ex-ministro chegar a Salvador (BA), onde cumprirá prisão domiciliar

atualizado

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
O proprietário, Silvio Silveira, confirmou que alugou o imóvel para Geddel
1 de 1 O proprietário, Silvio Silveira, confirmou que alugou o imóvel para Geddel - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), determinou nesta quinta-feira (13/7) a libertação do ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (PMDB), mesmo sem tornozeleira eletrônica. Com a decisão, por volta das 21h, o político pôde deixar o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, com destino a Salvador (BA), onde cumprirá prisão domiciliar e deve receber o equipamento de monitoramento eletrônico. Ainda nesta quinta, o Ministério Público Federal (MPF) fez novo pedido de prisão preventiva do ex-ministro.

Ney Bello notificou a Polícia Federal na Bahia sobre a decisão e também a Justiça Federal de Brasília, que havia determinado a prisão. Geddel estava preso na Papuda por suposta obstrução à Justiça. O desembargador tomou a decisão após saber da falta de tornozeleiras eletrônicas no Distrito Federal, o que impedia a transferência do ex-ministro para a capital baiana.

Confira a íntegra da decisão do magistrado:

Reprodução

Novo pedido
Para os procuradores do MPF Anselmo Lopes e Sara Moreira Leite, novos elementos colhidos na investigação mostram que Geddel cometeu os crimes de “exploração de prestígio e tentou embaraçar as investigações”.

Os procuradores se baseiam nos depoimentos do corretor e operador financeiro do PMDB Lúcio Bolonha Funaro e de sua esposa, Raquel Pitta. Os dois detalharam os contatos feitos pelo ex-ministro.

Segundo o MPF, Funaro disse que Geddel “alegou exercer influência criminosa sobre o Poder Judiciário da União”. O operador narrou à PF que, após a realização de sua audiência de custódia, Geddel mandou mensagem via “WhatsApp” reclamando da troca de advogado de Funaro e ressaltou que, com a entrada da nova defensora, tinha “ficado ruim para o juiz”.

No entendimento do MPF, a revelação de Funaro mostra que Geddel tentava monitorar o ânimo do operador financeiro em fazer possível colaboração premiada e também alegava, perante ele e sua família, exercer (direta ou indiretamente) influência sobre decisões que interessariam à defesa do corretor, nos processos relacionados à Operação Sépsis, na qual este último é réu.

“Observa-se, assim, que Geddel, ao protestar contra a troca do patrono de Funaro, insinua ter a capacidade de influenciar decisões do Poder Judiciário, agindo como verdadeiro vendedor de ‘fumaça’, indicando, inclusive, que teria, com a troca de advogados, ‘ficado ruim para o juiz”, afirma o MPF.

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