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Corte no orçamento pode reduzir ações da PF, admite ministro

Torquato Jardim afirmou que os recursos contingenciados estão sendo “repostos dentro do possível”

atualizado

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Reprodução/Conjur
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1 de 1 torquato 2 - Foto: Reprodução/Conjur

O ministro da Justiça, Torquato Jardim, disse na tarde desta quinta-feira (27/7) que as críticas, feitas em especial por setores do Ministério Público Federal, por um possível esvaziamento da Operação Lava Jato são “infundadas”. No entanto, o ministro admitiu que a redução no orçamento pode impactar na quantidade de operações realizadas pela Polícia Federal.

“O que ocorreu foi uma reestruturação administrativa interna da Polícia Federal”, disse. “A Lava Jato está acontecendo em 16 capitais. Hoje, a Lava Jato é maior em Brasília que em Curitiba”, completou. “É uma redistribuição de mão de obra e meios operacionais, que não significa diminuição da capacidade administrativa.”

Em entrevista coletiva na sede do Ministério, Torquato Jardim afirmou que, à frente da pasta da Justiça e anteriormente no comando da Controladoria Geral da União (CGU), nunca fez críticas à operação. Ele afirmou que ações da Polícia Federal sofreram “contingenciamentos” de recursos, mas não cortes orçamentários. “Esses recursos estão sendo repostos dentro do possível”, afirmou.

Na conversa com os jornalistas, o ministro voltou a dizer que não atua para a queda do diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello. “Nunca houve pressão para que ele saia”, afirmou. “Eu e o Daiello estamos trabalhando juntos numa nova Polícia Federal”, disse. Questionado se haveria um prazo para se definir a situação do delegado, ele respondeu: “O ‘deadline’ cabe ao dono da caneta. E o dono da caneta é o presidente Michel Temer.”

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