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Cemitérios de Chapecó se preparam para receber os corpos da tragédia

Floriculturas já registram aumento na compra de coroas e flores. Até agora, 13 sepultamentos foram confirmados de forma oficial

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
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1 de 1 cemiterio2 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Enviadas especiais a Chapecó (SC) — Os dois maiores cemitérios de Chapecó (SC) começaram, na tarde desta quinta-feira (1º/12), os preparativos para o enterro das vítimas do acidente aéreo que matou 71 pessoas na última terça (29/11). A tragédia aconteceu quando a Chapecoense, time da cidade, viajava para a Colômbia, onde enfrentaria o Atlético Nacional pela partida de ida da Copa Sul-Americana.

Até agora, 13 sepultamentos foram confirmados de forma oficial. No cemitério municipal, cinco das vítimas fatais serão enterradas, entre eles, Emersson Fábio Di Domenico, supervisor de futebol; Ricardo Philippi Porto, secretário do Conselho Deliberativo; e Gilberto Pace Thomaz, assessor de imprensa. No local, três funcionários trabalhavam na abertura de covas e reforma de jazigos durante a tarde.

No Cemitério Parque Jardim do Éden, há a confirmação de oito enterros. Por lá, a família do massagista Sérgio Luís Ferreira de Jesus dará o último adeus. Os pais dele acharam que o filho não estava entre as vítimas, pois não havia a confirmação de que ele tinha embarcado. Foi só quando chegaram em Chapecó que descobriram a verdade. Eles passaram mal e precisaram de atendimento.

Rafaela Felicciano/Metrópoles

Jornalistas
A maioria dos jornalistas da cidade também serão enterrados no Jardim do Éden. Entre eles, o radialista Edson Luiz Ebeliny, 39, da Rádio Super Condá. Picolé, como era conhecido, foi vendedor de sorvete e comercializava o produto na porta das rádios de Chapecó. Um dia, convenceu um dos diretores a contratá-lo como “puxador de fio”. Nos últimos anos, virou o repórter Edson Luiz Picolé, um dos xodós da cidade.

A expectativa é de que Chapecó comece a voltar ao normal após os sepultamentos. Nesta quinta-feira, a maioria das lojas da cidade reabriu as portas. Algumas escolas também retornaram às aulas. No entanto, a comoção segue imensa no pequeno município de pouco mais de 200 mil habitantes. A principal floricultura da cidade precisou encomendar flores e coroas para anteder a demanda da população. Segundo uma das proprietárias, desde o dia do acidente mais de 120 coroas foram reservadas para quando os corpos chegarem, 35 delas vendidas só hoje.

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